Dia dos namorados do Darumaka

    O dia dos namorados é um dia lindo. Um dia para se celebrar o amor, manter a tradição de cultivá-lo, trocar presentes, receber demonstrações de afeto. Mas isso para quem encontrou o amor. Na realidade dos Pokemon, este dia também é celebrado da mesma forma da realidade humana.


 — Vocês não sabem da última novidade! — exclamou Alomomola, rodopiando no lago do Parque Gracidea, reconstruído à pouco tempo.

 — Oh!, lá vem a fofoca do dia da Alomomola — disse Stunfisk, revirando os olhos e provocando algumas risadas em Lilligant — Não há um dia que ela não tenha algo para comentar sobre a vida dos outros.

 — Ah!, queira me fazer um favor! Vai dizer que não está curioso? — perguntou, sendo encarada por Stunfisk — Sabia que estava. Então, o Darumaka está caidinho por uma Vulpix que se mudou pra vila!


 — Sinceramente, Alomomola... Pra mim você tem inveja por estar encalhada nesse lago até hoje.

 — Quê? Inveja? Encalhada? Querido, encalhada nunca, tô ancorada com Arceus! Com inveja deve estar você, feio e ainda por cima intrometido! 

 — Cottonee, amor! — gritou uma voz aguda e todos olharam para trás, observando uma Petilil entre os arbustos.


 — Oh!, você está aí, amor!


 — Tee-hee... Essa é minha namorada, a Petilil.

 — Prazer!


 — Prazer é todo meu. Com licença, tenho que conversar com os Pyukumuku solteiros que estão lá no fundo do rio. 

 — Tsc, Alomomola não muda nunca!


 — Meow! O amor é lindo, as flores são lindas, o leite é lindo, tudo é lindo, assim como você! Meow!

   Em sua casa reformada, Meowth tocava seu pequeno violão, cantando a música que acabou de compor.


 — Está ótimo, Meowth! Continue treinando para a apresentação da noite.


 — Sua voz é linda!


 — A falsidade humana me surpreende.

   Adentrando a casa, Darumaka parecia alheio à tudo, com um sorriso bobo no rosto. As brasas que liberava por natureza tinham o formato de corações.

 — Ora ora, alguém está apaixonado? — perguntou Mike, se sentando num banco de madeira.

 — Sim... Ela é a mais linda de todas as Vulpix... Eu ouvi os boatos da Alomomola, de noite ela estará na apresentação do dia dos namorados!

 — Heh, pensa em conquistar ela?

 — Eu vou falar com ela de noite! Mas eu não ainda não sei como — murmurou Darumaka. Mike e Bianca trocaram olhares e riram.

 — Você precisa de dicas de pessoas mais experientes! — falou Mike, sorrindo.

   Em algum canto da vila...


 — Stoutland, prefere essa lâmina ou essa? — perguntou Bisharp, mostrando as lâminas de seus braços.

"pessoas mais experientes"


 — Hm. Alguém precisa da minha ajuda no amor! — gritou Stoutland, correndo em alta velocidade pela vila, saltando sobre Meloetta e Minccino, e deixando Bisharp falando sozinho. Ele destrói a porta de Meowth e finalmente para para respirar.


 — Mas o que aconteceu...?


 — Meow... Por que sempre na minha casa...? Desse jeito deixarei o Timburr rico encomendando portas.


 — Me-mestre Stoutland? O que veio fazer aqui?

 — Hm. Meus ouvidos não falham, eu fui invocado aqui ao perceber que alguém precisava de ajuda no amor.

 — E o senhor sabe algo sobre amor, Mestre? — perguntou Togekiss, fazendo o cachorro dar boas gargalhadas.

 — Hm. Bem dito, eu sou o Mestre! Mestre dos relacionamentos! Quando eu era um jovem Herdier, não tinha uma fêmea que não gostasse de mim! Exceto as da família da Pachirisu, mas... Enfim, por quem tem um quedinha?

 — Quedinha? Minha crush é a Vulpix que chegou na vila!

 — Hm... Cru o quê?

 — Shhh! Ele não sabe gírias de humanos adolescentes que ensinei pra vocês! — sussurrou Bianca, no ouvido de Darumaka.


 — Hm. Sigam-me, jovens! Para o caminho do amor! — gritou Stoutland, correndo na direção do riacho da vila, mas apenas Darumaka, Mike e Bianca o seguiram.

 — Tem comida? — perguntou Togekiss, se virando para Meowth, que suspira.

 — Hm. O primeiro passo para conquistar alguém é saber o que dizer! A Vulpix não vai gostar de você se for um idiota. E, como você é, terá que apelar para a única coisa que pode fazer ela gostar de você; ser engraçado.

 — Isso é pura comédia — murmurou Bianca, escondendo a risada.

 — Vou dar um exemplo — falou, se aproximando do riacho, onde Goldeen descansava na beira — E aí gata, quer me dar uma Chansey?


 — Está brincando comigo?

 — Hm. Viu, ela ficou toda derretida por mim! Vamos, tente também!

 — Ehr... Gata, eu não sou o Ditto, mas posso ser o que você quiser!

 — Que horror.

 — Hm. Você é tão quente que deveria ser do elemento fogo!

 — Vão embora!

 — Não sou a Jigglypuff, mas se eu cantar, dorme comigo?

 — Hm. Não sou um Pokemon elétrico, mas se me beijar vai ser chocante!


 — Idiotas!

   Com seu chifre girando, Goldeen ataca Darumaka e Stoutland, deixando várias marcas no corpo dos dois e logo voltando para a água. Enquanto os dois choravam com a dor, Mike e Bianca riam descontroladamente.

 — Mike, nós deveríamos ajudar o Darumaka... O Stoutland está mais para palhaço que para cupido.

 — Não, isso está divertido!

 — Hm... Agora que sabe sobre as cantadas, precisa ser elegante. Vista algo!

 — Mas Pokemon não usam roupas!

 — Hm. E daí? Ela vai adorar se você estiver com um bom traje! Conheço alguém que pode te ajudar.

   Então, Stoutland, Mike, Bianca e Darumaka vão para a casa de Minccino, onde o Pokemon parecia estar feliz em ajudar.


 — Ah!, acharam o Pokemon certo! Eu guardo muitas coisas! Tenho várias armas, roupas e até brinquedos de pôneis que o Mestre perde por aí. Guardo tudo para sempre ficar limpando, é meu passatempo quando Meloetta não quer sair.


 — P-pôneis? N-não são meus! São da Pachirisu!

 — Pode ficar à vontade, Darumaka. Pegue o que quiser!

   Mais tarde...

 — Hm... Agora que você tem a roupa, só falta uma coisa!

 — O quê? O quê? Estou ansioso!

 — Hm. Precisa está prevenido para o beijo! Ou... Algo à mais, hehehe.


 — Quack! Vamos dar um jeito nesse seu bafo de Mamoswine! — falou Ducklett, que se aproximava junto com Sylveon.


 — É bom fazer amizades nesse lugarzinho.


   Sylveon concentra seu pó de fada numa esfera, a disparando contra a boca de Darumaka, que ganha a cor rosa. Ducklett então dispara água, retirando a cor rosa e lavando tudo. Agora, o hálito de Darumaka tinha o cheiro doce de uma fada.

 — Isso doeu...

 — Hm. Está pronto! Será uma grande noite!

    Como num piscar de olhos, o tempo passou. Enfim já estava de noite e os Pokemon faziam apresentações para o dia dos namorados.


 — E agora a música de Meowth! — exclamou Cinccino, a assistente de Bisharp que apresentava o evento da vila.



*Leia ouvindo isso*

   Ao redor do palco montado por Timburr, Stoutland, Mike, Bianca e Darumaka aguardavam a chegada da Vulpix.


 — Olhem! Ela está chegando! — exclamou Darumaka, apontando para o norte, onde era possível ver a silhueta de Vulpix.

 — Hm. Vá lá, campeão! Conquista ela! Use a cantada da Chansey!!

 — Eu tenho tanta pena dele... — murmurou Mike, mas logo voltou a rir.

 — Ei! Vulpix, eu quero falar com... 

   Antes que Darumaka pudesse terminar de falar, ele sentiu um ar gelado e acabou tropeçando. Quando levantou a cabeça para observar a Vulpix, se assustou com o que viu.


 — Você está bem?


 — Heeeeeh?! Você é branca?!

 — O que foi? Eu sou uma Vulpix da parte congelada da Beach Area. Sou uma fada gélida.

 — Mas... Eu achava que você era de fogo! 

 — Desculpe então se não lhe agrado — falou a Vulpix, empurrando Darumaka e se misturando entre os outros Pokemon.

 — Sério que ele nunca tinha visto a Vulpix e já estava apaixonado? — perguntou Bianca, com uma mão na testa.


 — Hm... Coitadinho, eu vou lá falar com ele.


 — Não, Mestre. Espere um pouco — falou Mike, colocando um pé na frente de Stoutland.

 — Snif... — choramingou Darumaka, retirando a roupa e se sentando na grama da vila — Eu odeio o Dia dos Namorados!


 — É mesmo? — perguntou Princesa Snivy, que estava o tempo todo abaixo do tronco de uma árvore — Eu também.

 — Princesa?

 — Você estava fofinho com aquela roupa — disse, sorrindo para Darumaka, que libera algumas brasas em formas de corações. A princesa então se levanta, estendendo uma mão — Quer dançar?

 — Não desperdiçaria essa Chansey...

 — Hahahaha!


 — Hm. Ele conseguiu! Eu disse que daria certo falando a cantada da Chansey!


 — Eles são tão bonitinhos...


 — Não é?

*Termine de ouvir a música antes de prosseguir caso já não tenha acabado*

 — E agora...

 — Uhuu!!!


   Antes de Cinccino terminar de falar, Alomomola carrega uma onda para o palco, onde saltava com seu corpo brilhando. Vários Pokemon param para admirá-la.

 — Quem é que estava encalhada? A noite será longa!

 — Você alagou todo o palco! — gritou Cinccino, com o pelo encharcado.

 — Ops...


Até a próxima :3

3 comentários:

  1. KA-KAWAIII!!!! Sério que coisa mais fofa que acabei de ler <3
    Só não gostei do racismo de Darumaka contra os brancos >:( orgulho de ser branca <3 Viva a Vulpix <3
    Adorei, só faltou beijo do Mike e da Bianca *-*

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  2. AWNT! Que fofinho adorei ficou muito lindinho <3
    me identifico tanto com a Alomomola, solteira? Nunca ancorada com Arceus é o fluxo.
    Nossan Darumaka fazendo racismo inverso que feio, tadinha da Vulpix </3
    de qualquer forma foi um capitulo bem divertido xD

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    1. Thanks pelo coment, joao <3 <3 <3
      Sim, exatamente, somos todos Alomomola, solteiros por opção!
      Darumaka foi a polêmica do extra, a ideia que tive foi decepção amorosa com ele achando que era uma Vulpix de fogo, nem tinha pensado nisso :'v
      Também achei divertido, TMW não teve capítulos dessa forma e por isso gosto de escrever os extras, posso fazer coisas mais bobinhos e descontraídas com esses personagens <3 Obrigado de novo pelo coment, te vejo por aí o/

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