Capitulo 14

    Em Verdant Court, o dia começava alegre. Alguns Pokemon se divertiam nas cachoeiras, enquanto outros apenas apreciavam a paisagem e circulavam pelo local. No portão, um grupo chegava no reino. Cansados, porém, com os olhos brilhando por finalmente chegarem após uma longa caminhada, Mike, Meloetta, Meowth, Timburr e Dewott confirmavam que tudo valeu a pena.

 — Isso me lembra meus velhos tempos com a Queen Serperior... — Meowth começa a cantarolar algo sobre passado, presente, futuro e nuvens fofas e Meloetta se junta a ele, formando um dueto.

 — Já tinha vindo entregar cartas do Bisharp aqui. — Dewott comenta, observando a grama. — Aquele banco é novo.

 — É aqui que mora o Conkeldurr! Ele é famoso por conseguir fazer qualquer coisa com madeira e outros materiais. Será que vamos encontrá-lo? — Timburr se perde nos pensamentos, imaginando um encontro com seu ídolo. Mike ri um pouco e segura seu boné, que seria levado pelo vento.

 — Enfim, Verdant Court. Sinto que nenhum Darumaka faminto pode estragar o meu dia hoje.

 — Saia do meu caminho! — uma serpente verde avança contra Mike, chocando-se contra seu corpo. Ambos caem e o boné do garoto acaba parando na cabeça da serpente.

Pokemon Unova - The Mythical World! Capitulo 14: Nossa chegada em Verdant Court.

O.B.S.: Nova abertura

 — Hey... — Mike se levanta, com dor nas costas. Snivy balança a cabeça, derrubando o boné.

 — Ora, eu conheço essa carinha! Você é a Princesa Snivy, certo?

 — É, sou eu sim. — Snivy abre caminho entre Mike e Meowth, correndo para longe.

 — Princesa Snivy? Como a conhece?

 — Eu a conheço desde que ela nasceu. Fui o padrinho.

 — Ela parecia apressada... Será que deveríamos segui-la? — sugere Dewott, que aponta para a direção que a Princesa correu.

 — Talvez.

    Todos esperam alguns segundos e correm na direção em que viram Snivy correr, até que chegam numa floresta.

Crack

Tchum

Vush

 — Esses sons... Parece que alguém está combatendo. — Timburr comenta, forçando os ouvidos para escutar melhor.

 — Cuidado! — Meloetta grita e Timburr desvia de Snivy, que havia sido arremessada em sua direção.

 — Estamos jogando queimado e Snivy é a bola por acaso?

 — Tem algo acontecendo.

   Nesse momento, uma onda de eletricidade é disparada contra Mike, que é atingido em cheio. Ele cai e começa a tossir.

 — Jovem Mestre!

 — Aquele bicho... — Mike aponta para um Pokemon voando, disparando faíscas negras de suas bochechas. Seus olhos estavam vermelhos e sua aura estava visível, também na cor vermelha. — Não está normal.

 — É uma Emolga! — Meowth exclama, desviando de um disparo de eletricidade. — E está bem irritada.

 — Ela atacou a Princesa, então deve ser inimiga. Vamos combater! — Dewott, Meloetta e Timburr tomam a frente de todos, já preparando seus ataques.

 — Não, eu não preciso de ajuda! — Snivy usa seus chicotes para empurrar os três Pokemon para trás, saltando para a frente deles.

   Emolga dispara uma onda de eletricidade contra Snivy, que tenta desviar, porém, é atingida na cauda e acaba caindo sem muitas forças. Emolga investe em sua direção e ela se aproveita para saltar contra as costas da oponente, até que...

 — Esse cheiro... — Snivy sente um cheiro estranho e cai das costas de Emolga, sem conseguir fazer nada.

 — Vem lavar a louça! — Mike ergue seu cajado, que começa a disparar raios sem controle algum para todas as direções. Um deles atinge o rabo de Meowth, que começa a correr em círculos gritando, até que fica tonto e cai.

 — Já disse para não interferir! — Snivy salta contra o cajado de Mike, o chutando.

 — Woooa!! — Mike observa uma onda de choques disparada em sua direção. Porém, Snivy o empurra, sendo atingida em seu lugar.

 — Snivy, você me salvou!

 — Por favor, não interfira! — ela se ergue novamente, avançando rapidamente na direção de Emolga, que disparava esferas de energia corrompida em sua direção.

   Snivy salta por trás de Emolga, a atingindo em cheio nas costas e a mandando para o chão. Em seguida, cria um tornado de folhas que envolve sua oponente corrompida, a deixando inconsciente.

 — Arf... — Snivy observa Emolga cair em sua frente. Uma energia obscura começa a se afastar do corpo de Emolga, que volta ao normal. Ela se levanta, tossindo e confusa.

 — O q-que aconteceu...? — Emolga esfrega os olhos. — Não lembro de nada depois de estar andando pelo reino e ver flores...

 — Você está bem? — Snivy ajuda Emolga a se manter de pé, segurando suas mãos.

 — Oh!, princesa! Estou sim.

 — Huh... — Mike cutuca Snivy, que, por reflexo, atinge um golpe de cauda em seu rosto, o nocauteando.

 — É selvagem!

 — Quem são todos vocês?!

 — Meow, se acalme, princesa! Somos viajantes, viemos da Serene Village.

 — Eu só queria saber o que aconteceu com a Emolga... — Mike se levanta, com a mão na cabeça.

 — Alguns Pokemon do reino que estão sendo contaminados por uma energia obscura, estão ficando agressivos. Estão se corrompendo.

 — Uma energia obscura?! — Meowth se assusta, se levantando para prestar atenção.

 — Sim, não sei de onde ela vem e quem está a usando. Essa Emolga é uma das guarda costas principais da Queen Serperior.

 — Sou muito famosa, autógrafos só mais tarde. Favor lavar as mãos.

 — Meow, uma celebridade?

 — Famosa nos oito continentes, conhecida até pelas vovós, eleita como vereadora e também uma ótima cantora! Sou Emolga, prazer!

 — Oito continentes?! — Timburr se assusta.

 — Meow, indo direto ao assunto, precisamos falar com a Queen Serperior. Pode nos levar até ela?

 — Você não é ninguém para falar com ela. — Snivy fala, já indo embora.

 — Pois saiba que sou seu padrinho e que já lutei no exército da Arbor Area, em nome da Queen Serperior! 

 — É um assunto urgente, por favor, precisamos falar com ela. — Dewott pede, se ajoelhando na frente da princesa, que cora.

 — Acho melhor levarmos eles até a rainha. — Emolga conclui e Snivy, após reclamar um pouco, concorda também.

   Minutos mais tarde, no palácio da Queen Serperior, Mike e os outros explicam toda a história da profecia e de Hugh para a rainha, que ouve tudo com atenção.

 — Eu já estava sabendo da profecia, mas não pensava que era algo sério ao nível do que estão me contando. Sobre o que aconteceu com a Serene e a Force Village, iniciaremos investigações sobre esse Hugh e a tal Liepard.

 — Ficamos aliviados. — Mike fala, mais calmo agora, porém, ainda nervoso por estar diante da rainha da Arbor Area.

 — Estava mesmo preocupada com a Emolga, ela havia desaparecido.

 — Emolga havia sido possuída por uma energia obscura e estava atacando todos, mas Snivy a derrotou! Você precisava ver, ela foi incrível! — Timburr exclama, animado. Porém, Snivy parece não gostar do que ele falou e tenta sair de fininho dali, mas Queen Serperior grita seu nome.

 — Eu havia a proibido de entrar em lutas! Uma princesa deve ser delicada, não agressiva! Você sabe muito bem disso.

 — Eu não tenho que fazer o que você manda! E... — Snivy suspira. — Talvez eu não goste de ser uma princesa. — ela corre em direção a porta, saindo da sala da rainha.

 — Ela é muito cabeça dura... Gostaria que compreendesse. — Nesse momento, dois Pokemon adentram a sala, parecendo preocupados. — Escavalier, Lurantis. Aí estão vocês.

 — Alguns moradores do reino estão desaparecendo misteriosamente! — Lurantis fala e recebe um empurrão de Escavalier, que faz um gesto. Então ela se lembra de fazer uma referência para Queen Serperior, demonstrando que ela é sua majestade.

 — Mais notícias assim?!

 — Infelizmente.

 — Eu estou assustada... — Lurantis fala, tremendo. Escavalier bufa e logo a responde, irritado.

 — Um soldado não pode ter medo.

 — Todos podemos ter medos. — Queen Serperior fala, dando fim ao assunto. — Vocês dois, comecem a investigar sobre.

 — Eu vou também! — Emolga corre na direção dos outros dois soldados, porém, é impedida pela cauda de Serperior.

 — Você deve descansar.

 — Mas...

 — Sem mas. Não sabemos muito sobre essa energia que te possuiu para dizer que você está 100% bem.

 — Certo, majestade.

 — A Queen Serperior é como uma grande mãe... — Mike pensa, sorrindo ao ver a rainha cuidando de todos. — Isso me faz pensar na minha mãe.

 — Ehr, majestade, por acaso se lembra de mim? — Meowth pergunta, se aproximando de Serperior, que se vira em sua direção. Após alguns segundos silenciosos, ela finalmente responde.

 — Não.

 — Eu era um de seus soldados! Lutei no exército da Arbor Area com o cajado, se lembra? 

 — Oh!, agora estou lembrando! É o Meowth, das péssimas músicas.

 — P-péssimas músicas...?

 — Bem, mas o que de fato vocês querem? Com certeza não vieram só para me informar disso tudo. — a rainha fala, observando o grupo se entreolhar. 

 — Nós gostaríamos de saber se podemos morar no reino por um tempo. Não temos mais um lar graças ao que aconteceu com a Serene Village... — Meloetta fala, encarando o chão. — Por favor, nos deixe morar aqui!

 — Oh!, mas é claro que podem, por que não pediram antes? Emolga irá levá-los até um quarto de hóspedes no palácio.

 — Vou? — Emolga pergunta, abaixando seus óculos de sol e deixando algumas coisas de praia caírem.

 — Vai.

 — V-vamos ficar no palácio?! — Dewott se surpreende.

 — Mas é claro. Sintam-se como se estivessem em suas casas. Não literalmente, não quero ouvir mais das músicas do Meowth.

 — Nem sempre vou agradar todos, certo? Meow...

   Todos riem e seguem Emolga até um quarto no palácio.

   Na madrugada, no reino, um elefantinho muito bonitinho caminhava alegremente, murmurando algo para si mesmo.

 — Não deveria ter saído à essa hora, mas queria ver se a berry que plantei já nasceu! Quero dar de presente pra mamãe, que deve estar preocupada comigo. Lalalala... — Phanpy saltita na direção de sua casa, até que escuta um barulho estranho. — Olá?

Hehehehe

 — Você é um unicórnio?

   De repente, uma capsula é disparada na frente de Phanpy, que não entende nada. Uma energia negra começa a ser liberada dela. Esta é inalada por Phanpy, que começa a se contorcer. Seus olhos ficam vermelhos e ele é envolto por uma aura negra. Um sorriso maléfico se forma em seu rosto e ele fala uma única palavra, com uma voz assustadora.

 — Caos.

Continua