sexta-feira, 7 de abril de 2017

Capitulo 39

   No castelo da Queen Serperior, após a derrota de Genesect, Mike, Snivy, Lurantis e Escavalier agora se encontravam diante da cela onde Colress havia sido preso.

 — Okay, Colress... — falou Snivy, se esforçando para sorrir — Nos diga qual é o antídoto para a corrupção, então o liberaremos.

 — Haha! Nada disso, queridinha. Não vão arrancar informações de mim!


 — Myah!! — miou Meowth, que, corrompido, arranhava a perna de Colress.

 — Por mil canhões, esse gato é muito chato! — gritou o cientista, empurrando Meowth, que novamente se reergueu e voltou a arranhá-lo — Tem como pedir para ele parar?

 — E o que vai adiantar? Você o corrompeu! — respondeu Mike, alisando a cabeça de Meowth, que tenta morder sua mão.

 — Ah!, é mesmo!

Pokemon Unova - The Mythical World. Capitulo 39: Tento conseguir um antídoto.


 — Okay, Zebstrika vai cuidar do portão do castelo enquanto ficamos aqui — falou Escavalier, se aproximando da cela de Colress — Alguém já pensou num jeito de convencer o Colress a falar?

 — Estamos pensando em ameaçar cortar o pescoço dele — disse Lurantis, sorrindo.

 — Nop, não faremos isso! — disse Mike, abaixando os braços de Lurantis, que já preparava sua espada de luz solar.


 — Vocês nunca conseguirão o antídoto. Se eu der para vocês, curarão todo o meu exército de corrompidos. Não sou burro.


 — Deve ter algum jeito de você falar... Diga o que quer, nós faremos!

 — Bem... Eu estou com sede.

 — Oh!, deixe isso comigo — disse Lurantis, correndo para a cozinha do castelo e logo voltando com um copo d'água — Aqui está.

 — Bah! Não está gelada, troque! — gritou Colress, cuspinho a água no rosto de Lurantis, que voltou para a cozinha.

 — Agora pode nos dizer o antídoto?

 — Óbvio que não! Ainda quero outras coisas... Primeiro, o garoto deve brincar de cavalinho com o cajado.

 — Huh? Pra que isso? — perguntou Mike, confuso.

 — Faça ou não terá antídoto.

 — Faz logo! — gritou Snivy, empurrando Mike na direção do cajado dele.

   O garoto se senta no cajado, o montando como se estivesse num cavalo de pau. Ele começa a correr pela sala, enquanto todos riam baixinho.


 — Vai falar agora?

 — Nope! A bicha verde deve encenar uma cena romântica com aquela rosa!

 — Nós somos Pokemon... — disse Snivy, encarando Lurantis.


 — Oh!, Snivy... Eu sei que pode parecer estranho, e sei que somos melhores amigas... Mas eu quero que isso dê certo. 


 — Do que está falando?

 — Eu... Eu te amo! — falou Lurantis, escondendo o rosto com as mãos — Ai, que babaquice, esqueça que disse isso!

 — Não! — gritou Snivy, fazendo Lurantis abaixar os braços — Quero dizer... Não precisa ficar assim! Eu também... gosto de você.


 — Sério? Mas o que os outros iriam pensar sobre isso?

 — Quem se importa com o que os outros pensam? Eu só quero você.

   Então, Snivy e Lurantis se aproximam, mas apenas se abraçam.

 — Fraco! Eu fiz curso de teatro quando estava na faculdade de biologia. Até o pior aluno interpretava melhor que vocês! Nem se beijaram.

 — Não vou beijar a Princesa sem a autorização dela! — falou Lurantis, cruzando os braços.

 — Sem beijo, sem antídoto.


 — Acho que não custa nada... Vamos fazer isso, assim conseguiremos o antídoto.

 — P-princesa?


 — É sério isso? As duas vão se beijar?


 — Eu nem sabia que os Pokemon faziam isso! Estou confuso...

 — Ah!, vamos logo com isso! — exclamou Snivy, prolongando seus cipós e os usando para puxar Lurantis para perto de seu rosto. Então, ela a beija, enquanto Escavalier e Mike observavam boquiabertos.

 — Seu nariz está sangrando... — falou Mike, olhando para Escavalier.

 — Huh? E eu nem sabia que tinha nariz, vivendo e aprendendo.

 — P-princesa?!

 — Apenas ignore isso.

 — Huhuhuhu! Agora o soldado e o garoto!


   Enquanto isso, mais à frente em Verdant Court, a guerra continuava, com grandes dificuldades para o exército da Arbor Area.


 — Esse corpo é cansado demais... — murmurou Hugh, descansando do combate. Ao seu lado, Meloetta Pirueta e Togetic pareciam exaustas, com feridas dos combates.

 — Huh? O que está fazendo aqui, amiguinho? — perguntou Bianca, olhando para uma pedra.

 — Não há nada aí — falou Hugh, observando Bianca falando sozinha.


   Dois corrompidos investem contra Bianca, que desvia caindo para o lado.

 — Meu amiguinho está dizendo que vai fazer alguma coisa!

 — Argh, já chega disso! — gritou Meloetta Pirueta, se levantando — Você é uma humana doida!

   Com o grito da mítica, Bianca a encara, assustada.

 — Oh... M-me desculpe! — falou, voltando para sua forma normal — Não queria ofendê-la.


 — Está tudo bem. Eu sei que não acreditam em mim, mas eu realmente o vejo. É um gato rosa com olhos brilhantes.


  — O q-quê?! E... o que ele fala?

 — Ele mia, mas é tipo "Mew", não "Meow", como o Meowth miava.

 — Você não está doida.

   Então, um Pachirisu avança contra Bianca, tentando eletrocutá-la. Porém, ela cria uma barreira rosa em sua frente, protegendo-se do roedor.

 — É óbvio! É por isso que essa humana tem poderes e aura rosa! Isso é... — antes que Hugh pudesse completar, o Pachirisu agora salta em sua cabeça, o mordendo.

   Voltando ao castelo, Mike, Snivy e Lurantis tomavam chá numa mesinha enquanto Escavalier, usando cocos no peito e um colar hawaiano, abanava a cela de Colress com uma folha.

 — Hm-mn! Mas que chá delicioso, Dona Marocas! — falou Mike, forçando uma voz aguda.

 — Obrigada, Janete — respondeu Lurantis — Mas eu só aprendi a fazer usando a receita que Carlos me deu.

 — Hoho, é uma receita famosa na minha família... — disse Snivy, com uma voz grave. Seu cipó estava na frente de sua boca, pintado de preto, como se fosse um bigode.

 — Colress, não acha que já fizemos coisas demais por você? — perguntou Escavalier, que rebolava enquanto continuava a abanar.

 — Não, agora eu quero que vocês todos comam frutas em cima da barriga do humano!


 — Okay, já chega dos seus fetiches estranhos! — gritou Mike, calando Colress.

 — Janete, o chá está ruim?

 — Já podem parar com isso. Colress vai nos enrolar pelo resto do dia se não fizermos algo!

 — Janete, volte a tomar chá, ou então não vou falar nada sobre o antídoto!

 — Cale e a boca! — gritou Mike, correndo para o salão principal do castelo e retornando com Genesect no colo — Esta foi sua melhor invenção, não é? Ele está completamente derrotado, mas ainda tem como arrumar. Se você não falar esse antídoto agora, eu o destruirei de uma vez por todas.


 — Está blefando!

 — Quer testar? — perguntou, forçando um braço de Genesect.

 — Não, não faça isso com ele! Demorou bastante tempo para montá-lo! Eu... Eu falo — disse enfim, conseguindo a atenção de todos — O antídoto para a escuridão é a luz.

 — Isso parece um pouco óbvio, não? — Snivy ainda usava o bigode.

 — Talvez, mas como exatamente se consegue luz? — perguntou Lurantis.

 — Não é difícil. Ela está presente no ar, porém, aqui está em menor quantidade.

 — Não deveria ser o contrário? A luz prevalecer?

 — É como a profecia do escolhido fala — disse Mike, encarando o cajado ao seu lado — Os Pokemon estão se revoltando com a realidade correndo perigo e querem parar a profecia, o que os leva a fazer coisas ruins. Com isso, a escuridão está tomando conta do ar, vencendo a luz.


 — Está errado — disse Xatu, surgindo atrás de Mike e assustando a todos — Eles não estão certos e nem errados, apenas seguem seus ideais, o que acreditam ser a verdade absoluta, assim como você e seus amigos, que lutam pelo que acham ser certo, eles também lutam pela certeza deles, embora cada um faça isso de um jeito diferente. Existe outro motivo para a escuridão estar presente.

 — Você acha que corromper Pokemon é certo? — perguntou Mike, ainda assustado com Xatu ter aparecido do nada.

 —Certo ou errado é indiferente quando não tem relação com a profecia.

 — É verdade... Não existiam motivos para Golurk querer Colress para corromper os Pokemon.

 — Bem... A que eles chamam de Deusa sempre ia até a base deles para dar novas ordens. Ela não parecia interessada em parar a profecia — disse Colress, empurrando Meowth mais uma vez para que ele não o arranhasse.


 — É mesmo bem provável que ela tenha outro objetivo.

 — Posso ir embora? — perguntou Colress, sorrindo e interrompendo a conversa.

 — É óbvio que não! — exclamou Mike — Precisamos que você faça o antídoto agora.

 — Eu não vou fazer nada!

 — Se não fizer, quebraremos Genesect — ameaçou Escavalier, que ainda continuava com os cocos e o colar hawaiano. — O que foi? Eu gostei deles!

 — N-não! — respondeu, rangendo os dentes.


   Nesse momento, os olhos de Xatu começam a brilhar. De repente, Colress passa a dançar dentro da cela, ignorando Meowth, que arranhava suas costas.

 — Estou controlando o corpo de Colress — disseram Xatu e Colress, ao mesmo instante — Estou acessando a memória dele. Eu vejo vários fragmentos de luz em capsulas, na base do grupo de Gothitelle.

 — E como chegaremos lá? Nós não sabemos aonde é! — disse Mike, observando Colress agora abraçando Meowth.

 — Deixem comigo — disse, por fim, deixando o corpo de Colress, que se deita no chão da cela — Irei para a base agora e sei que Mike também vai querer vir.

 — Eu ficarei aqui, ajudando minha mãe com o exército — falou Snivy, encarando a janela.

 — Escavalier, fique aqui e proteja o castelo junto com Zebstrika, cuidando da rainha e de todos os refugiados. Vou querer me vingar pelo que fizeram com a Emolga! — disse Lurantis, recebendo a aprovação de seu parceiro.

   Ao saírem do castelo, Mike, Lurantis e Xatu passam pelo campo de batalha, para avisarem os outros aonde estão indo.

 — Vocês vão mesmo lá?! Tomem cuidado, não podem capturar o Mike! — falou Meloetta, assustada com a ideia.


 — Vou precisar que Hugh e Togetic venham conosco.

 — Por quê? — perguntou Hugh, criando pilares de fogo com sua Fire Blade, estes que nocauteiam um Wooper.

 — Eu tenho um plano.

 — Bianca, vou deixar as coisas com você! — falou Togetic, abraçando sua amiga humana — Meloetta e Snivy também estão aqui, lute ao lado delas.


   Então, ao som da explosão da colisão de um golpe da Queen Serperior com a de um Krookodile do exército de Gothitelle, Mike, Hugh, Togetic e Lurantis passam a seguir Xatu, que flutuava na direção da base inimiga.

Continua

3 comentários:

  1. Shippo #Lurivy <3

    Capítulo muito divertido, confesso que ri imenso com as "exigências" do Colress xD
    Está cada vez mais claro para todos que Bianca tem algo especial, a ver com o Pokémon mítico, Mew e Hugh parece se aperceber disso.
    Com a descoberta do antídoto é hora de uma nova jornada à base da Deusa, espero um grande confronto, principalmente por Xatu estar do lado deles e parecer muito forte. Ele pediu ainda a ajuda da Togetic,provavelmente ela tem algum poder escondido ou algo a ver com a profecia do Xatu.
    Adorei o capítulo

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